sábado, 31 de janeiro de 2009

A nova geração do reggae

Lanço aqui outro tema novo: Música.

Quem aqui já não ouviu as músicas de Edson Gomes? Mais conhecido por músicas românticas como "Samarina" e "Malandrinha", só um fã, como eu, saberia que ele tem letras de cunho político, como "Dona Lili", "Campo de batalha" e "Criminalidade".
Depois dele vieram Tribo de Jah, Natiruts e outros que já acabaram. Mas de 2006 pra cá tem surgido bastante bandas que alternam a temática romântica e a política.

A banda Chimarruts ficou conhecida após ser "divulgada" pela Natália no BBB8. E só cantam músicas de cunho romântico, então não nos interessa.
Quero falar sobre duas dessas bandas novas, Ponto de Equilíbrio e Mato Seco, que conheci através de meu irmão.

Ponto de Equilíbrio já seduz pela letra da música homônima, "Ponto de Equilíbrio": "Jamais perca seu equilíbrio / por mais forte que seja o vento da tempestade / Busque em seu interior o abrigo". E mais na frente: "Amar todos os irmãos é / como o sol a nos iluminar, sem nada pedir em troca / Nem ao menos um olhar". E já no fim: "Sinta a música, entre dentro dela, / veja o que a música tem a lhe mostrar".

Em "Jah Jah me leve": "Não sei se será navio ou trem / Mas é certo que virá resgatar homens de bem / Seja como for será Jah e seu exército /Armados com a cura e o amor".

Em "Nossa História": "Verde do verde que foi derrubado / Amarelo do ouro que nos foi roubado / Vermelho do sangue foi derramado" (...) "rastafarianismo como maneira de protestar" (...) "Dos escravos trabalhadores / Nasceu a luta mesmo sobre as dores / Dos negros, dos negros / A nossa história vem de perdas e glórias (a nossa história) / A nossa história não é contada na escola (verdadeira história!)".

Sobre assuntos cotidianos, também, como em "Aonde vai chegar?": "Onde você vai chegar assim? / Seu assunto principal é falar mal da vilha alheia / Mas isso é coisa feia". E mais na frente: "Antes, antes, antes de julgar mal, porque não olha para si mesmo / Verá que está cometendo maior ou mesmo erro" (...) "Falando mal você gasta tempo e energia ao invés de levar a magia ao irmão seu" (...) "Quando não souber o que falar não fale nada, então não venha me ocupar apontando defeito dos outros, como se fosse normal, julgando-se perfeito, isso em si é um defeito e você pode ser / Todos nós temos uma infinidade, mas também temos qualidades que não dá nem pra contar".

Outras músicas boas são "Rastafará", "Ditadura da Televisão", "O Convite" e "Profeta Rei".

Outra banda boa de reggae é Mato Seco.

Em "Mato Seco (Resistência)", eles mostram a exceção do Mundo: "Eu sou, / a resistência / Tudo que se move / contra o sistema / A mãe que sobrevive sem comida na mesa / O solo do sertão / Que resiste a seca". Outro trecho: "O estudante que proteste / Trabalhador desempregado / Trabalho, sem terra / O índio pedindo trocado". E o trecho que mais gosto: "Um negro na África do Sul / Um asiático na Europa / Um palestino em Israel / Um pacifista na Bósnia".

Em "Tudo nos é dado (só nos falta a fé)": "Ele acordou em mais um santo dia de chuva abriu os olhos / E sorriu e olhou o mundo com a grandeza de um rei / E respirou o ar da liberdade e se lembrou / Que o caminhar livre de um homem nem um dinheiro pode comprar / Nada como um dia após o outro para estar / Preparado para a guerra que virá diferente amanhã".

Em "Não adianta correr": "Eis o tempo que não adianta correr / Pois as balas vão atrás de você". E em um trecho: "Antigamente era filho chora e mãe não vê / E agora vê, vê até pela tv / Pela tevê, o meio de comunicação mais nobre / Mas eu diria, um pouco pobre hoje em dia / Linguagens muito simples de manipulação / O crime prende a atenção da população".

E em "O que você dá pra vida": "Brilhos do céu acompanhados de tantas lágrimas / Brilhos que os olhos maus simplesmente não conseguem ver / Fico triste de ver meu Deus chorarem de tanta coisa errada / Muitas mágoas de tempos passados que não dá pra esquecer / Coisa que fazemos e não nos lembramos / mas que um dia a vida vem e cobra de você".

Outras músicas boas são "Brilho Oculto", "Salvação", "Visão Moderna", "Navegantes da Ilusão" e "Muito querer".

domingo, 25 de janeiro de 2009

Certezas de 2010

*Não esqueci do blogue, somente estou com problemas com minha internet.

Muito de 2010 já está definido. Se alguém quiser, pode gravar esta postagem no computador pra vocês verem o que eu falei.

Antes estava tudo muito indefinido. Tudo ficou mais claro com a ida de Geraldo Alckmin para a Secretaria de Desenvolvimento do Governo Estadual de São Paulo. Aécio Neves (PSDB-MG) perdeu o apoio paulista que tinha no partido. Isso todo mundo já sabe e é óbvio. O que é óbvio também é que, agora, José Serra (PSDB-SP) é candidatíssimo do partido para a Presidência da República. Sérgio Guerra (PSDB-PE), presidente do partido, não moverá um dedo para ter prévias.

Para Aécio sobra os outros partidos. Partidos à esquerda, a princípio, nem pensar. Aécio é de centro. O PMDB cairia como uma luva. Porém, mal se cogitou a diminuição de força de Aécio, Orestes Quércia (PMDB-SP), aliado de José Serra, já se manifestou contra a entrada de Aécio no PMDB.

Por muito tempo, se cogitou a ida de Alckmin pro PSB, levando Aécio logo em seguida. Alckmin o abandonou, mas a ida de Aécio pro PSB permanece uma idéia bem palpável.

Para concorrer como candidato à Presidente, José Serra precisa ter alguém como vice. Sendo o PFL o partido que faz tudo com o PSDB, será dele o vice. E o nome já foi escolhido: José Arruda, atual Governador do DF.

E sendo Dilma Roussef (PT-SP) a candidata à Presidência, precisa também de um vice. Aqui vai a minha previsão: Aécio Neves, no PSB-MG. Por isso, quero iniciar aqui a campanha "Aécio no PSB". Outra certeza: Dilma já disse em entrevista que "pode" (que significa "vai") sair candidata em 2010, mas não quer tentar a reeleição em 2014. Aí Aécio pode se candidatar à Presidência.

Postagens que foram promessas aqui, mas ainda não foram cumpridas: a 2ª parte de "Da Extrema-Esquerda à Extrema-Direita" e Pleitos para o Senado em 2010. Portanto, leiam logo, comentem logo, para eu postar logo também.