quinta-feira, 30 de junho de 2011

Apoio às ações e passeatas de Liberdade na Internet

Muito errado falar em ações de hackers. Eu prefiro classificar como ações hackers como ações afirmativas de liberdade na internet.

A internet é um meio de comunicação totalmente novo - foi aberta ao público há cerca de 30 anos e, portanto, os Estados não sabem lidar com os direitos clássicos neste meio.

Depois que Osama Bin Laden derrubou as Torres Gêmeas e depois de ataques terroristas às cidades europeias de Londres e Madrid, os EUA e a Europa têm buscado restringir a liberdade de todas as pessoas, mas principalmente dos imigrantes, usando como pretexto uma suposta segurança.

Porém, nós sabemos que o Estado já é forte o suficiente para agir dentro e fora da legalidade, enquanto o cidadão é obrigado a andar dentro da legalidade.

Ao mesmo tempo, o Estado esconde a informação que quer esconder, enquanto o cidadão é obrigado a achar legítimo ter sua privacidade violada quando o Estado quer.

Ora, se o Estado é quem representa o cidadão em várias decisões, então não há sentido em esconder as próprias informações dos cidadãos. Enquanto isso, o cidadão deve ter suas informações preservadas enquanto seus direitos não estiverem violando os direitos dos outros.

Porém, hoje ocorre o contrário. O Estado tem sede de vigiar e de punir. Deve se acabar com esta pretensão. Os cidadãos devem ter o direito de ter acesso a todos os documentos.

Portanto, este blogue e este bogueiro apoia as ações afirmativas pela liberdade de informação das pessoas que a sociedade chama de hackers, mas que eu prefiro chamar de heróis da liberdade de informação.

Convido todos a participar das passeatas que vão ocorrer nas seguintes cidades, no sábado dia 02/07 às 13hs:
São Paulo - concentração no Trianon Masp, Avenida Paulista

Rio de Janeiro - da Praça Ruy Barbosa (Praça da Liberdade) até a Câmara Municipal de Petrópolis

Belo Horizonte - concentração na Praça da Liberdade

Brasília - concentração no Congresso Nacional

Vitória - Avenida Presidente Getúlio Vargas

Curitiba - da Praça Santos Andrade em direção ao Palácio das Araucárias

Recife - Praça Rio Branco (Marco Zero)

Porto Alegre - Parque da Redenção

Salvador - Praça Campo Grande em frente ao Teatro Castro Alves

Fortaleza - Praça Portugal

Joinville - em frente ao Shopping Muller

Cuiabá - Praça da República

Campo Grande - Avenida Afonso Pena

Cascável (PR) - concentração Calçadão (em frente à matriz)

Goiania - da Praça do Trabalhador até a Praça Cívica, pela Avenida Goiás

Levar placas e cartazes próprios no dia. Ir com máscara 'V de Vingança' e camiseta #AntiSec.

Mais informações: http://www.lulzsecbrazil.com.br/
Twitter:
twitter.com/lulzsec_br
twitter.com/brazilanon
twitter.com/havittaja

segunda-feira, 27 de junho de 2011

No que a Evolução é lenta, a Revolução acelera

Em 1900, quase todos os países da América já eram independentes de suas metrópoles europeias, metrópoles essas formadas até o ano de 1500. Em razão disso, essas metrópoles - Portugal, Espanha, Inglaterra e França - direcionaram seu controle sobre novas colônias, na África e na Ásia, num movimento chamado Neocolonialismo.

Itália e Alemanha só se formaram entre 1850 e 1899 e, por isso, ficaram de fora desse movimento colonialista. Porém, a Alemanha estava se desenvolvendo bastante e precisava de combustível, que se encontrava no Império Otomano (atual Turquia). Porém, para chegar até a Alemanha, precisava ser construído um trem, que as metrópoles não permitiam. Estava criado um clima de disputa. Bastava um estopim para uma guerra.

O Arquiduque do Império Austro-Húngaro, Francisco Ferdinando, herdeiro do trono, resolveu visitar um dos territórios, hoje conhecido como Sérvia. Porém, foi alvo do grupo "terrorista" Mãos Negras, que matou a ele a a sua esposa. Foi o pretexto que os países encontraram para iniciar a 1ª Guerra Mundial, o que de fato ocorreu. A 2ª Guerra Mundial nada mais é do que uma continuação da 1ª, portanto acho mais apropriado falar em uma única Guerra Mundial.

A questão aqui não é a Guerra Mundial, falarei sobre ela depois. Quero fazer um comparativo com atuais ataques hackers. Tudo se iniciou com o objetivo de Julian Assange de divulgar em seu site colaborativo, WikiLeaks, documentos classificados como confidenciais pelos governos para que suas populações ficassem sabendo da chamada verdade.

O problema é que Assange incomodou os EUA, ainda com um poder econômico, bélico e tecnológico grande. Antes mesmo que Assange fosse preso, quando foi cortado o meio de doações pela internet para o WikiLeaks, hackers defensores da liberdade de informação na internet atacaram os sites do MasterCard, Visa e PayPal, que cortaram as doações.

Além disso, prometeram atacar o sistema judiciário britânico caso Julian Assange fosse extraditado à Suécia - para a felicidade do Judiciário Britânico, isso não ocorreu. Pouco depois, os sites do Senado ianque, empresas de videogame (PSN e Sony) e da CIA foram, respectivamente, invadidos, tiveram dados roubados e derrubados.

Aqui no Brasil, as ações iniciaram dia 22 de junho, derrubando sites do Governo Federal. Os primeiros ataques, dos dias 22 (quarta) e 23 (quinta), foram feitos pelo LulzSecBrazil junto com o Anonymous.

O site do IBGE foi atacado pelo grupo Fire Hacker. Nos dias 24 (sexta) e 25 (sábado), foram atacados sites de Ministérios, do Exército, de governos estaduais, de PMs e de Prefeituras pelo grupo Havittaja. Ainda no sábado 25, o grupo LulzSec divulgou ataques a sites do Governo Federal.

Os hackers pedem mais liberdade de informação, mais liberdade na internet e são contra a corrupção, tudo o que querem a população. Somente utilizam um método ortodoxo.

Liberdade de Informação - Todo mundo deve ter acesso a todas as informações do país a que pertence. Informações verdadeiras, destaque-se. Nenhuma informação deve ser sigilosa - ou, pelo menos, nenhuma informação deveria ser sigilosa. Como uma pessoa vai exercer sua cidadania de forma plena, absoluta, se não tiver todas as informações necessárias para, por exemplo, escolher um candidato a um cargo eletivo? Por isso, é essencial que as informações estejam disponíveis, inclusive as informações das empresas privadas que são concessões de um serviço público.

Liberdade na Internet - Um meio de comunicação livre por essência, que é a Internet, corre o risco de controlado aqui no Brasil, haja vista o interesse obscuro de alguns políticos, principalmente o autor da lei, o ex-senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Esse projeto deve ser rejeitado e mais nenhum desse tipo deve ser apresentado.

Fim da Corrupção - Todos nós sabemos quem são os corruptos: José Sarney e família, Fernando Collor, Aécio Neves, Beto Richa, Geraldo Alckmin, José Serra, Paulo Maluf, Yeda Crusius, Rosalba Ciarlini (governador do Rio Grande do Norte), Micarla Souza (prefeita de Natal), entre outros. Falta à Polícia investigar direito, falta ao Ministério Público investigar e denunciar, falta à Justiça fazer os processos andarem e condenarem-nos, falta aos políticos vergonha na cara.

Falei do estopim da Guerra Mundial pelo seguinte motivo: uma morte levou a milhões de mortos nas duas guerras. Mas foi uma morte motivada pelo desejo de liberdade. Hoje não é mais preciso matar, mas é preciso que mais uma vez os Reis e Rainhas saiam dos Palácios, se exponham, para ouvir e atender à população.

A História tem mostrado que, quando o Estado não desce pra ouvir a População, a População sobe para falar com o Estado. E quando vai falar com o Estado, já é sem querer dialogar, já querendo que se cumpram exigências.

É fundamental que o Estado entenda que depende da População.