terça-feira, 5 de outubro de 2010

1º Turno x 2º Turno

Subtítulo: 2º Turno das Eleições 2010: a primeira eleição sem influência determinante de Lula

Todos que quiserem ver os governadores eleitos no 1º turno, os candidatos que vão se enfrentar no 2º turno, seus senadores, seus deputados federais e estaduais eleitos no domingo, aviso-os que aqui não vão encontrar nada.

Em relação aos Senadores, Deputados Federais e Estaduais eleitos em Pernambuco, farei um comentário específico no blogue Política em Pernambuco (link ao lado).

Em relação aos Senadores de uma maneira geral, farei um comentário sobre no blogue Senado 2010 (link ao lado).

2º Turno: meia-derrota de Dilma Rousseff, meia-vitória de José Serra e vitória absoluta de Marina Silva

O 2º turno é mais uma meia-derrota para Dilma e mais uma meia-vitória para Serra, mas principalmente vitória para Marina e o que ela representou durante a eleição.

Em relação a Dilma, ficou demonstrada uma falha da comunicação da coordenação de campanha no meio cibernético. Nas últimas semanas, e-mails espalhados tanto de correligionários de Marina quanto de Serra trouxeram boatos que nada acrescentam ao debate de propostas. A corrigir.

Em relação a Serra, nada de mais a falar. A ida dele ao 2º turno, para quem estava esperando ser liquidado no 1º, pode ser considerada uma meia-vitória.

Em relação a Marina, temos muito a falar. Qual é a diferença entre Marina e Dilma? Uma única: Dilma tem perfil gerencial; Marina é, de fato, política. No resto, não há diferença.

Votos de partido e votos de opinião

O voto de Dilma foi o voto de partido: PT, petistas e sua coligação votou em peso em Dilma.

O voto de Serra foi o voto de partido: PSDB, tucanos e sua coligação votou em peso em Serra.

O voto de Marina foi o voto de opinião: primeiro ambientalistas, depois protestantes e, por último, os católicos.

Debate da Globo

No debate da Globo, José Serra bateu tanto em Dilma quanto em Marina, para tirar voto das duas. Tentou igualar as duas em relação ao mensalão de 2005.

Dilma também bateu em Marina, mas para se defender da acusação desta de leniência de Dilma com atos de corrupção na Casa Civil. "Bateu" na medida certa, no revide.

Eleição sem Lula

O 1º Turno serviu para que Luiz Inácio Lula da Silva apresentasse sua candidata, Serra e Marina também utilizaram Lula em seus programas.

Agora, no 2º Turno, quem votou em Dilma continuará votando nela; quem votou em Serra continuará votando nele.

Os votos de Marina é que farão diferença. Não é deixar Lula pra lá; mas perceber que, desde que a apuração terminou, o eleitor mudou.

A nova Direita

A Direita Clássica está lentamente saindo da política. ACM morreu. Marco Maciel, Tasso Jeirissati, César Borges (ex-carlista), José Carlos Aleluia, Arthur Virgílio Neto, Heráclito Fortes, Romeu Tuma, Raul Jungmann, todos estão fora do Senado ou da Câmara.

Roberto Freire voltou pelo estado de São Paulo.

PPS, PSDB e DEM (ex-PFL, ex-PDS, ex-ARENA, ex-UDN) diminuiu seus eleitos no Senado e na Câmara.

Surge uma nova Direita no Brasil, abergada nos partido ainda pequenos PP, PR, PRB, PTC, PSC e PSDC. É a Direita Cristã. PP, PR e PRB confirmaram suas participações no Senado e na Câmara (os dois primeiros chegaram a aumentar). PTC, PSC e PSDC ainda têm poucos eleitos no Senado e na Câmara.

Mesmo assim, a Direita Cristã preocupa.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Golpe Militar em Equador

A poucos minutos, soube de um protesto organizado pelas Forças Armadas no Regimento Quito n.º 1.

Neste momento, está havendo uma tentativa de negociação entre o Governo e os militares insurretos. Qualquer nova notícia será posterior colocada aqui.

Acompanhe ao vivo direto do Equador:

http://www.telesurtv.net/noticias/canal/senalenvivo.php

Atualização às 13:44: O Presidente Rafael Correa foi baleado pelos manifestantes e está, neste momento, numa UTI.

Os militares também tomaram as pistas dos principais aeroportos do país.

Atualização às 14:30: Do hospital, o Presidente Rafael Correa fala a Radio Pública em traição à pátria.

Atualização às 15:43: É declarado Estado de Exceção no Equador. Enquanto isso, começam a surgir denúncias de que policiais estariam tentando impedir o trabalho de jornalistas.

Atualização às 15:47: O Peru fecha a fronteira com o Equador. Policiais já tomaram a sede do Congresso Nacional.

Atualização às 15:56: Os Governos do Peru, Brasil, Argentina e Chile já declararam apoio ao Presidente Rafael Correa, rechaçando qualquer tentativa de Golpe intentada pelos militares do Equador.

É provável a necessidade de convocação para reunião extraordinária da UNASUL e do MERCOSUL.

Atualização às 01:30 do dia 03/10/2010: Três dias após a tentativa de golpe, já sabemos de bastante coisa.

O Presidente Rafael Correa foi discursar para um grupo de policiais que protestavam contra uma nova lei que acabava com um bônus. Os ânimos se exaltaram durante o discurso e, ao sair, o Presidente foi atingido por uma bomba de gás lacrimogênio.

Tendo sido levado para o Hospital da Policia Nacional, os policiais rebeldes cercaram o prédio, tornando o Presidente refém. Nesse momento, as Forças Armadas já declaravam total respeito ao Presidente. Mas, somente nas primeiras horas da madrugada o Presidente foi resgatado pelas Forças Armadas, tendo cinco civis, no mínimo, sido mortos.

Os países componentes da UNASUL se reuniram extraordinariamente nas primeiras horas da noite do dia 30/09, quinta. Rechaçaram totalmente qualquer tentativa de desestabilizar a Democracia na América Latina.

Os organizadores da tentativa de golpe ainda estão sendo investigados. Estamos aguardando, para que a paz na América Latina não seja ameaçada.

Saudações Comunistas.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Mais um debate e a coisa se complica....

Mais um debate entre os 4 principais presidenciáveis, desta vez na Rede TV em parceria com a Folha de São Paulo, e a coisa está se complicando para José Serra.

O debate em si foi previsível. Surpresa foi a estratégia do PT de não dar vez e voz a José Serra: Dilma não fez uma pergunta sequer ao tucano. Durante dois blocos inteiros o candidato do PSDB ficou muito apagado. E, quando apareceu, optou por usar todas as denúncias que vinham vindo sendo veiculados pela grande imprensa, porém sem provas. E aí o debate se tornou uma rinha de galos.

Plínio de Arruda, como sempre, avacalhando o debate, apesar de ter trazido questões importantes e fundamentais. Marina Silva se saiu melhor do que nos outros debates.

A impressão pessoal que ficou foi que quem estava lá embaixo, continuou lá embaixo; e, quem estava encima continuou encima. Porém, matéria da Foha de São Paulo, apurando pesquisa com 25 pessoas indecisas que foram acompanhadas de perto durante todo o debate, mostrou que Dilma (começou com 4 e terminou o debate com 10 eleitores), Marina (começou com 3 e terminou com 7 eleitores) e Plínio (terminou com 5 eleitores) ganharam eleitores, enquanto Serra foi o único que perdeu (começou com 4 e terminou com 3 eleitores).

Se ampliarmos esses 25 indecisos para toda a população brasileira, podemos esperar leves crescimentos da petista, da pevista e do pesolista, bem como uma leve queda nas intenções de voto do pê-esse-dê-bista.

São os chamados votos voláteis, que se modificam por causa de uma melhor ou pior atuação em um debate em comparação com o que esse candidato diz na propaganda eleitoral. Ou seja, todo aquele que está indeciso tende a assistir mais a propaganda eleitoral bem como os debates do que aqueles que já têm voto consolidado e não é militante. Por isso é importante uma propaganda eleitoral coerente antes do debate tanto quanto depois.

*

O próximo debate presidencial a ser exibido em rede nacional e com todos candidatos será dia 26 de setembro, na TV Record.

Antes desse debate, haverá um debate, dia 20 de setembro, entre os candidatos à Presidência restrito às emissores filiadas ao SBT no Nordeste, cujo tema será... a Região Nordeste. Esse estilo de debate, de uma só temática, foi inspirado nos EUA.

Nos estados, a RedeTV! fará debates em São Paulo (15/09), Rio de Janeiro (16/09), Minas Gerais (22/09), Ceará (23/09) e Pernambuco (23/09).

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Guerra Civil prestes a explodir no México

Notícia: "Prefeito de cidade do norte do México é morto por atiradores; é o terceiro em um mês

Dois homens armados e encapuzados entraram na prefeitura de El Naranjo, no Estado mexicano de San Luis Potosí, e mataram a tiros o prefeito Alexander Lopez Garcia. A informação foi confirmada pelo governo do Estado.

Trata-se do terceiro prefeito assassinado em um mês no México, supostamente pelos cartéis de narcotráfico. Ao menos seis prefeitos em vários Estados mexicanos já foram mortos este ano. (...)"

Link: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/795902-prefeito-de-cidade-do-norte-do-mexico-e-morto-por-atiradores-e-o-terceiro-em-um-mes.shtml

Há muito tempo eu ouço notícias de blogueiros que vem denunciado a situação de caos em que se encontra o México. Situações em que a família de um desses blogueiros foi assaltada em plena luz do dia e um local movimentado da Cidade do México, o metrô.

Eu já esperava uma convulsão social no México. E, diante desses fatos que vem acontecendo, em que o poder do crime organizado está matando os representantes das instituições políticas, eu aposto em uma convulsão social ainda este ano. Em que nível, não posso prever.

O futuro dirá. Esperemos.

P.S.: Uma observação. Destacam-se os países México e Colômbia por serem países latinos americanos governados por partidos de direita. Não à toa, nesses países nota-se um enfrentamento ao Estado, aos poderes constituídos, às instituições e aos representantes eleitos, por parte do crime organizado (as FARC na Colômbia e os cartéis narcotráficos no México). Diferentemente dos países onde partidos de esquerda governam. É de se questionar.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Desafio de José Serra aceito por este blogueiro

Em notícia do G1 (veiculada também no Jornal da Globo), "Serra diz que há 'permanente guerra de baixaria' ":

(...)

'Pelo nosso lado, eu desafio alguém a encontrar uma vírgula, um fio de cabelo que tenha sido arrancado de qualquer adversário em campanha eleitoral.' "

Pois, bem, senhor José Serra. Este blogueiro aceita o desafio.

O PSDB enfrentou, junto e contra o PT, 5 eleições presidenciais: 1989, 1994, 1998, 2002 e 2006.

Nas eleições de 1989, em que o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, foi ao 2º turno contra o candidato do PRN, Fernando Collor, o PSDB, que tinha concorrido com Mário Covas, apoiou o petista.

Para as eleições de 1994 os dois partido estavam tentando entrar em acordo para o PT lançar Luiz Inácio Lula da Silva candidato a presidente, cabendo ao PSDB indicar a vice-presidência, com Tasso Jeirissati. Acordo abortado quando a popularidade de Fernando Henrique Cardoso subiu com o Plano Real.

Em 1997, o seu partido começou o mensalão para ver aprovada a emenda da reeleição para FHC, o qual ocorreu, sendo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrotado mais uma vez.

Finalmente, em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva saiu novamente candidato do PT, após um processo de escolha interna do partido. As pesquisas o indicavam à frente do senhor, candidato do PSDB. Porém, as pesquisas também indicavam Roseana Sarney, à época no PFL, em 1º lugar, na frente até de Lula.

Isso desagradava toda a cúpula do seu partido, que via em Lula um candidato fácil de derrotar. Mas Roseana não, principalmente por ser ela filiado a um partido aliado ao PSDB.

E o que o partido de Vossa Excelência fez? Utilizou o Estado para investigar irregularidades do marido dela que, até então, não tinham sido sequer detectadas pela Receita Federal. Toda a mídia ajudou a colar as irregularidades do marido dela, nela, forçando a retirada de sua candidatura.

Vossa Excelência parece ter memória seletiva. Esse caso ficou conhecido como Caso Lunus, é só procurar no Google, já que o senhor gosta de madrugar na internet.

Toda a blogosfera sabe desse caso. Todo o caso está e é contado em detalhes na internet, em vários sites de jornais e blogues. Você não pode esconder.

Lembre: você não pode esconder o passado.

Atenciosamente,

Renan Bastos Nunes
Eleitor de Dilma em Recife, Pernambuco
Em carta aberta a José Serra

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Cada propaganda no seu quadrado

A primeira propaganda eleitoral dos candidatos à Presidência foi uma surpresa.

Os candidatos Rui Pimenta e Zé Maria desqualificaram o processo eleitoral de que participam, dizendo que é um jogo de cartas marcadas. José Maria Eymael e Levy Fidélix passaram despercebidos.

A propaganda de José Serra, em vez de valorizar o já conhecido Serra, vem trazer um Zé. A própria propaganda é confusa. Alterna entre o Ministro Serra e o candidato Zé, além de nos proporcionar dois momentos de falsidade: uma favela cenográfica e uma Elba Ramalho cover.

A propaganda de Marina inicia naquilo que ela se destaca: na temática ambiental. Sem muita novidade no primeiro, espera-se que melhore nos seguintes.

A propaganda de Plínio é questionadora. É o PT em estado bruto, radical.


A propaganda de Dilma, além de apresentá-la como candidata da continuidade, dá a ela o comando de sua campanha, sem interferências de Lula. Ele ajuda, mas não interfere.

A campanha começou na TV e no rádio. Os candidatos já se apresentaram, é a chance de, nos próximos programas, apresentar as propostas para os próximos quatro anos.

Acontecendo algum foto novo durante os próximos dias, estaremos aqui comentando.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Confronto de titãs amedrontados

Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL). Quatro nomes de peso que se amedrotaram na frente das câmeras. Com medo de parecerem agressivos, arrogantes e lobos, se fizeram de cordeirinhos.

Por ser seu primeito debate, Dilma começou o primeiro bloco nervosa, mas já no segundo bloco deslanchou após uma pergunta de Marina sobre o enfrentamento ao crack. Tanto que seu posterior embate com Serra foi melhor para Dilma do que para ele, que foi obrigado a elogiar os programas do Governo Lula. Em outro embate, Serra também teve que defender as estatais, chegando a falar um pleonasmo: "Eu vou valorizar as empresas estatais, valorizando as empresas do Governo". No terceiro bloco se manteve regular, no quarto também para fechar com chave de ouro no quinto.

Para um político calejado como Serra, ele poderia ter se saído melhor, atacando mais do que se mantendo na retranca. Foi bom no primeiro bloco, caiu em qualidade no segundo, sumiu no terceiro. No quarto reapareceu, mas nos ensinou a fazer teatro no quinto forçando um choro.

Marina poderia se sair melhor, em vista do que estava sendo alardeado. Começou bem no primeiro bloco, mas ao longo dos seguintes sumiu. Só nos fez lembrar que estava lá no quinto e último bloco, quando declamou um poesia acerca da situação social do Brasil.

Plínio se saiu bem porque foi com o intuito de atacar todos. Chamou Serra de hipocondríaco ("só fala sobre saúde"), Marina de ecocapitalista e Dilma de lulista. Ironias à parte, levantou temas fora do padrão (saúde, educação e segurança): questionou a opinião de Dilma e de Serra acerca do limite de 1.000 hectares para fins de reforma agrária e a redução da jornada de trabalho sem redução do salário.

Dilma não foi tão bem, mas também não foi tão mal do jeito que se esperava como Serra se sairia bem. Precisa reforçar o diferencial entre eles, o diferencial dos projetos de governo, dos projetos e programas de partido, principalmente levando-se em consideração os partidos aliados que têm.

Esse primeiro debate, seno o primeiro, serve como exemplo para se identificar os pontos fortes e os pontos fracos próprios e de cada adversário, explorando-os e ressaltando-os.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Volta às atividades

Este blogueiro passou um tempo fora do ar em razão de compromissos com o estudo e com o trabalho.

Pretende-se voltar à toda agora com as Eleições 2010.

Até a próxima postagem.