sexta-feira, 28 de março de 2008

Atualização das Eleições Municipais 2008

A cada dia que passa, o jogo eleitoral fica mais claro.

Em São Paulo, PSDB e PFL realmente vão sair separados. Geraldo Alckmin está até promovendo um caça-às-bruxas dentro do partido de quem declarar apoio explícito ao prefeito e também pré-candidato Gilberto Kassab. Isso porque recentemente vereadores e secretários pê-esse-dê-bistas da Prefeitura pê-efe-lista liberaram notas dizendo que o partido estava no caminho errado, negando a aliança ao prefeito.
No PT, só falta Lula falar pra Marta sair. Ela quer, mas só saí com o apoio explícito dele. Arlindo Chinaglia está esquecido.
No bloquinho PSB-PDT-PCdoB, Luiza Erundina já está confirmada. No PP, Maluf é o pré-candidato.

No Rio de Janeiro, a candidatura de Fernando Gabeira, PV, esquentou a corrida. Com o apoio explícito do PSDB (nacional, pois o PSDB-RJ queria um nome próprio) e do PPS, Gabeira tem tudo para ser o candidato da Globo e da classe média.
Sérgio Cabral ainda encontra resistências para lançar Eduardo Paes como candidato do partido. O PFL tem o nome de Solange Amaral, mas sem força.

Em Belo Horizonte, a aliança PT-de-Belo-Horizonte-PSDB-de-Belo-Horizonte está caminhando, mas não sei a quantas anda. O Diretório Estadual PT-MG baixou uma resolução que pode inviabilizar a aliança, mas os defensores prometem recorrer ao Diretório Nacional.

Em Recife, as candidaturas já estão todas definidas: Edilson Silva (PSOL), Luciano Siqueira (PCdoB), João da Costa (PT), Cadoca (PSC), Raul Jungmann (PPS), Raul Henry (PMDB), Mendonça Filho (PFL). Por causa disso, todos já estão nas ruas. Pode ser que surja um ou outro ainda (do PP, por exemplo).
Em pesquisa realizada pelo blog Acerto de Contas (link aí ao lado no "Eu leio"), iniciada em 12/03/2008, onde já votaram 916 pessoas, 207 (23%) pessoas votaram em Luciano Siqueira, 190 (21%) em João da Costa, 174 (19%) em Mendonça, 77 (8%) em Raul Jungmann, 72 (8%) em Raul Henry, 64 (7%) em Cadoca, 26 (3%) em Edilson Silva, 54 (6%) Nulo/branco, 52 (6%) Indeciso (resultado até 21:43 do dia 28/03/2008).

Em Porto Alegre, as deputadas federais Manuela D'Ávila (PCdoB), Luciana Genro (PSOL) e Maria do Rosário (PT) prometem esquentar a eleição e pegar pesado. Com elas, concorrerá Onyx Lonrezoni (PFL). Quanto ao PSDB, não achei nada a respeito.

Ainda estamos sem informações quanto a Natal e Fortaleza. Creio que, nesta última cidade, nada mudou, ou seja, ainda está muito na especulação.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Censura ao Jornalistíssimo Paulo Henrique Amorim

O Portal IG caiu na desgraça.

Dia 18 de março de 2008, a Censura se fez presente no Portal IG. Por 8 horas e 58 minutos, o blog Conversa Afiada ficou fora do ar, tendo sido excluído, expurgado, queimado, destruído, subjugado, eliminado, trucidado, retirado do mundo virtual pelo IG, e colocado de volta no mundo virtual por um site independente, mas sem as centenas de matérias, liquidadas propositalmente pelo portal.

Todos os jornastas de respeito trataram de apoiar Paulo Henrique Amorim, bem como os blogs, também de respeito.

Por isso, convido todos os donos dos seguintes blogs a fazer um DESAGRAVO a Paulo Henrique Amorim e um BOICOTE ao Portal IG, a ser publicado em todos os blogs convidados.

Convido:
Blog Amigos do Presidente Lula
http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com/

Blog Oni Presente
http://blogdoonipresente.blogspot.com/

Blog do Chicão
http://blogchicao.tripod.com/

Blog do Hudson
http://www.blogdohudson.blig.ig.com.br

Acerto de Contas, o blog
http://acertodecontas.blog.br/

Blog Vi o Mundo - Luiz Carlos Azenha
http://www.viomundo.com.br/

Mino Carta
Em apoio à Paulo Henrique Amorim, retirou seu blog também hospedado no IG

Blog dos Blogs - Tales Farias
http://www.blogdosblogs.blig.ig.com.br

Blog do Alon - Alon Feuerwerker
http://blogdoalon.ig.com.br/

Cidadania.com - Eduardo Guimarães
http://edu.guim.blog.uol.com.br/

Blog do Luís Nassif
http://www.luisnassif.com.br

quarta-feira, 5 de março de 2008

Atualizações das Eleições Ianques

Desde a última vez que postei sobre as eleições ianques, muita coisa mudou.

Entre os democratas, dos iniciais 8 candidatos, restam só 3: alem de Hillary Clinton e Barack Obama, tem o avulso Mike Gravel, nunca divulgado pela mídia. John Edwards saiu faz um bom tempo, declarando apoio a Obama.
Hoje, a contagem de delegados democratas favorece Obama, mesmo que os super-delegados estejam pendendo para Hillary. Prevê-se uma disputa até o fim, voto a voto, o que pode desgastar a imagem democrata.
Recentemente, Hillary provocou Obama sugerindo uma chapa conjunta, onde ela sairia como candidata a presidente, e ele a vice.

Entre os republicanos, dos iniciais também 8 candidatos, restam só 2: John McCain e Ron Paul. Os fortes Mitt Romney e Mike Huckabee desistiram. John McCain também conseguiu o número de delegados suficientes à candidatura republicana. Nada disso seria bastante, se ele não conseguisse o apoio explícito do Presidente George W. Bush.

A sociedade ianque sempre foi conservadora. O único presidente não-protestante foi o John F. Kenndy, católico. Todos os outros foram WASP - white anglo-saxan protestant, ou seja, branco anglo-saxão protestante. Barack Obama é negro e ianque-queniano. Hillary seria mais fácil eleita, se o eleitor tivesse a certeza de que seria ela que assumiria a presidência, e não seu marido, como uma continuação das dinastias Bush-Clinton (Bush Filho - Bill Clinton - Bush Neto - Hillary Clinton). E seria mais fácil ainda eleita se ela fosse... homem!
Então, é mais provável que votem em John McCain do que num democrata. E olhe lá! John McCain é considerado por muitos um republicano liberal por demais.

Especial IG sobre as eleições ianques: http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoeseua/


Último Segundo - Bush apóia McCain na corrida presidencial: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2008/03/05/bush_apoia_mccain_na_corrida_presidencial_1217047.html

Conquista da Nova Holanda - I

Pernambuco era uma das únicas duas capitanias que deram certo no Brasil Português (a outra capitania era São Vicente). Pernambuco era o trem do Brasil, e o açúcar era o combustível (coisa que Lula fará voltar). A Holanda financiava a produção açucareira e distribuía o produto na Europa. Assim, os burgueses holandeses, prósperos, ocupavam um lugar de destaque nos negócios europeus.
Nessa época, a Holanda era uma possessão espanhola, deixada como herança por Carlos V a seu filho Filipe II. Mas, não era nada boa a relação entre os dois lados, espanhóis e holandeses. Além da dominação física e econômica, o protestantismo calvinista praticado pelos holandeses entrava em choque constante com o catolicismo do rei. Assim, o estopim para uma separação foi o aumento dos impostos cobrados aos comerciantes locais. Em 1566 foi iniciado um movimento contra a dominação espanhola, vindo a se concretizar a separação em 1581.
Enquanto isso, em Portugal o trono ficava vago. Dom Sebastião morre e sobe ao trono seu tio-avô, o cardeal Dom Henrique, que morre dois anos depois sem deixar herdeiros. A falta de sucessores leva Filipe II (aquele mesmo, lá de cima) a se proclamar rei de Portugal, sob a alegação de ser neto de Dom Manuel, rei português à época do Descobrimento do Brasil. Formava-se, assim, a União Ibérica. O Brasil, agora, era assunto espanhol.

Já no início do século seguinte, os Países Baixos tornaram-se a maior potencial comercial da Europa, com uma frota mercantil extraordinária, responsável pela redistribuição dos produtos coloniais. Em 1609 foi assinada uma trégua política com a Espanha, facilitando ainda mais seu crescimento.
Vendo o sucesso da Companhia das Índias Orientais, os holandeses decidem criar a Companhia das Índias Ocidentais, visando (é claro!) o Brasil, pois era daqui que precedia o açúcar distribuído por eles. Fracassaram na primeira tentativa de invasão, pela Bahia. Então, voltam a atenção ao núcleo da produção, a capitania Pernambuco.

Ora... não foi díficil a invasão por Pernambuco. Foi em 14 de fevereiro de 1630, pela praia de Pau Amarelo, ao norte de Olinda, comandada pelo almirante Lonk. Começava, então, uma guerra que duraria 24 anos, podendo ser dividida em três fases: conquista (1630-1637); administração (1637-1642); e, insurreição (1642-1654).
Logo após ter invadido, os holandeses de imediato se dirigiram ao sul, visando atacar as cidades de Olinda e Recife. Consolidado na região, Weerdenburch, o comandante holandês, incendiou parte de Olinda para ter controle sobre um território menor, principalmente por causa do porto da cidade, de onde receberia alimentos e reforços.
Em 1631, iniciaram o ataque a Itamaracá, além de Weerdenburch, os generais von Schkoppe e Artichofsky. Entre os que cerraram fileiras no Arraial se encontravam Martim Soares Moreno, Luiz Barbalho, o índio Antonio Felipe Camarão e o negro Henrique Dias.

1632 foi decisivo para os holandeses, pois foi o ano em que chegou reforços para as esquadras holandesas, e ocorreu a deserção de Domingos Fernandes Calabar, um dos mais capazes capitães de Matias de Albuquerque, donatário de Pernambuco. Calabar passou a colaborar com os flamengos, influindo em grandes vitórias. Aí, eu abro um parênteses. Os historiadores o tratam como traidor da causa nacional. Mas, que causa nacional? Causa nacional portuguesa?! Eu me alio a corrente de historiadores que defendem a posição de Calabar. Ele, se vendo diante da dupla ação, continuar seu país colônia portuguesa ou tornar-se colônia holandesa, preferiu a segunda opção. Hoje, a história é contada por um lado explicitamente português, tratando Calabar como traidor.
Também em 1632 veio para cá dois altos conselheiros para implantar uma administração que maximizasse a exploração da colônia e organizasse o território, que ia se expandindo. A resistência pernambucana ia desmoronando, caindo o Arraial do Bom Jesus (aproximadamente onde é hoje o bairro de Casa Forte, no Recife) e o Cabo de Santo Agostinho, onde se situava o porto (de Suape) por onde os lusos-brasileiros se abasteciam desde a queda de Recife.

Matias de Albuquerque se retirou para o sul, em direção ao São Francisco. Os indígenas fugiram para o interior, voltando a se estabelecer nas suas tribos e nações. Os negros organizaram-se em quilombos, onde voltavam a viver à maneira africana. O mais famoso quilombo, o de Palmares, subsistiu à dominação holandesa e resistiu por mais de seis décadas às investidas que lhe foram feitas.

Fonte: http://www.memorialpernambuco.com.br/memorial/paginas/historia/112batalha_dos_guararapes_2.htm
Sobre a fama de Calabar: http://www.memorialpernambuco.com.br/memorial/paginas/historia/112batalha_dos_guararapes_4.htm

Recado: Nas próximas postagens, eu falarei sobre a Administração Holandesa e a Restauração Pernambucana.

segunda-feira, 3 de março de 2008

O Mercosul do Brasil

Por quê o Mercosul ainda não deslanchou? Vamos analisar isso aqui. E, para isso, vamos utilizar o bloco econômico da União Européia para efeitos de comparação, já que o Mercosul se espelha nela.

O Mercosul é uma união aduaneira composta originalmente por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, podendo a Venezuela a ser integrada posteriormente, dependendo só das aprovações dos Parlamentos do Brasil e do Paraguai.

A formação do Mercosul remonta à Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC) na década de 1960 e à Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) na década de 1980. Dessa forma, Argentina e Brasil estabeleciam a meta de criar um bloco de livre comércio no continente, no qual os outros países poderiam aderir. Assim, em 1991, foi assinado o Tratado de Assunção, estabelecendo o Mercado Comum do Sul, onde os países-membros não tributariam ou restrigiriam as importações um do outro.
A partir de 1º de janeiro de 1995, esta zona de livre comércio converteu-se em união aduaneira, onde os países-membros praticam a mesma tarifa de importação de países estrangeiros.

Depois deste rápido histórico, vamos aos problemas.
1) Começo em marcha-ré: O Mercosul começou em marcha-ré. Quando se pretende criar um bloco econômico, deve haver empenho por parte dos estados-membros. Como é que vai haver empenho, se os presidentes dos estados forem neoliberais? Eles vão dizer: "O mercado se autoregula", como se o bloco não dependesse das ações deles. O Tratado de Assunção foi assinado por Fernando Collor e por Carlos Menem (da Argentina). Depois tivemos aqui Fernando Henrique Cardoso, enquanto na Argentina passaram uns 10 presidentes.

2) Influência do líder do Eixo do Mal: Em 1989 foi assinado o Consenso de Washington, uma carta neoliberal. Como, depois de Bush filho (republicano) foi eleito Bill Clinton (democrata), a idéia da ALCA - Área de Livre Comércio das Américas - ficou em suspenso. Assim que Bush neto (o atual, republicano) foi "eleito", em 2000, a idéia da ALCA voltou. Mas, como em 2002 Lula foi eleito, essa "idéia" foi por água abaixo. Então, já que os ianques não poderiam fazer um acordo comercial com todos os países de uma só vez, este mesmo EUA começou a fazer tratados bilaterais, ou seja, um acordo entre EUA e Chile, outro acordo entre EUA e Paraguai, outro acordo entre EUA e Uruguai, e por aí vai. Então, o presidente Lula lutou para que o Mercosul não afundasse de vez, pois Paraguai estava bem interessado.

3) Nacionalismos: Tanto na Primeira quanto na Segunda Guerra Mundial, os conflitos começaram com a Alemanha invadindo a França. Eu pergunto: será que foi fácil unir os dois povos num mesmo bloco, onde seus habitantes podem andar, comercializar, trabalhar livremente entre si? Do mesmo modo, eu falo sobre aqui. Já pensou a confusão que teremos quando corinthianos forem jogar na Argentina (o que de certa forma já acontece na Libertadores da América)? Já pensou os boca-juniores vindo pra jogar num Maracanã?
Contudo, contudo, a maior rixa que há não é entre brasileiros e argentinos, mas entre paraguaios e brasileiros. Ou você gostaria se seu vizinho invadisse sua casa, quando você estivesse em uma situação financeira melhor, com o pretexto de que você tem muitas armas? Foi o que aconteceu na Guerra do Paraguai (1864).

4) Disparidades político-sociais-econômicas: A maioria das decisões dos órgãos do Mercosul são tomadas por consenso, o que exige muita conversa. Além das diferenças de formação dos presidentes (de esquerda ou de direita), existe as disparidades sociais e econômicas entre os países. Argentina, Brasil e Uruguai têm IDH elevado (0,863; 0,800; e 0,851, respectivamente), enquanto Paraguai e Venezuela têm IDH médio (0,757 e 0,784 respectivamente). Dos 2,2 trilhões do PIB do Mercosul, 70% corresponde ao Brasil.
E mesmo que os todos presidentes, hoje, do Mercosul se considerem de esquerda, até mesmo entre eles há diferenças. Enquanto no Brasil o Presidente Lula tem formação sindical, onde o diálogo é necessário, o presidente da Venezuela Hugo Chávez tem formação militar, o que lhe dá uma personalidade de "sempre estar com a razão".

De certa forma, o Mercosul não está mal das pernas. Poderia estar pior. O que influencia mais negativamente hoje são as oposições interno-estatais, oposições de direita. Na Venezuela, isso dissipou-se um pouco.
No Paraguai e no Uruguai, mesmo que as esquerdas estejam no poder, são esquerdas elitistas. Na atual eleição do Paraguai (que a Mídia Suja não noticia), o ex-bispo Fernando Lugo, advindo dos movimentos populares, como Lula e Evo Morales, e que vem ameaçando a hegemonia de seis décadas do partido colorado, está na frente de seus adversários: Lino Oviedo, autor de um golpe de estado fracassado, ex-exilado político no Brasil e recente preso político no Paraguai; Blanca Avelar, do partido colorado, apoiada abertamente pelo atual presidente Nicanor Duarte Frutos; e, Pedro Fadul, por um partido de oposição.
Na Argentina, a oposição tentou derrubar Cristina Kirchner com a mesma história inventada pela oposição daqui: de que Fidel teria enviado uma mala de dinheiro para financiar a campanha de Lula.
Aqui, o Presidente Lula, quanto mais oposição sofre, mais sua popularidade sobe.

Rachas de alianças

Por todo o Brasil, as alianças governistas e de oposição estão rachando, ou formando alianças esdrúxulas.

Em Recife, tanto a 'Frente de Esquerda' quanto a 'União por Pernambuco' racharam.
Pelo lado da 'Frente de Esquerda', o PT saí com João da Costa, que terá o apoio do PSB, e o PCdoB saí com Luciano Siqueira.
Pelo lado da 'União por Pernambuco', o PMDB saí com Raul Henry, o PFL com Mendonça, o PPS com Raul Jungmann. O PSDB e o PV ainda estão por se decidir quem irão apoiar.

Em São Paulo, o PSDB sairá com Geraldo Alckmin, e o PFL com Gilberto Kassab.
O PT pretende lançar Marta Suplicy, querendo contar com o apoio do PSB. Para isso, iniciou as conversas para trocar um Ministério petista pelo cancelamento da candidatura de Luiza Erundina.

No Rio de Janeiro, o PSDB sairá com candidato próprio ainda não definido, enquanto no PFL Solange Amaral é a mais cotada.
Estreando as alianças inéditas, o PT, tendo perdido o pré-candidato que foi convidado por Lula para a Secretaria da Igualdade Racial, vai apoiar o candidato do PMDB Eduardo Paes, da ala de Sérgio Cabral.

Em Fortaleza, o PFL sairá com Moroni Torgan, que está em empate técnico, em primeiro, com a atual prefeita Luizziane Lins, do PT. Já o PSDB, comandado por Tasso Jeiressati, pretende apoiar Patrícia Saboya, do PDT, que é aliado do PT no governo federal.

De um modo geral, PSDB e DEM estão separados. Em Recife, São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador (Antônio Imbassay, antigo carlista, e Antônio Carlos Magalhães Neto), Belém (Valéria Pires Franco e Simão Jatene), Rio Branco, Macapá, Boa Vista, Manaus, Porto Alegre, Florianópolis (o PSDB ainda não tem candidato; pelo PFL, Cesar Souza Júnior).
Senadores dos dois partidos têm amenizado essa "separação", dizendo que não vão deixar que ocorra a separação. Penso o seguinte: os prefeitos são muito mais ligados aos deputados federais, e vice-versa. Se há uma queda-de-braço entre os partidos no nível municipal, isso vai refletir em algum lugar. O mais provável é que seja na Câmara dos Deputados, havendo uma nítida separação dos partidos.

Do mesmo modo, o PT está separado do bloquinho governista PSB-PDT-PCdoB na maioria das capitais. Mas, isso pode refletir-se não no Poder Legislativo, e, sim, no Poder Executivo: se ganhar muitas capitais, o bloquinho terá mais poder de pleitear ministérios.

sábado, 1 de março de 2008

Ía passando em branco...

Eita... ía quase passando em branco. Falta falar sobre o PV - Partido Verde, registrado em 30 de setembro de 1993.

Baseado nas tendências esquerdistas-ambientalistas dos partidos verdes da Europa, principalmente o Partido Verde Alemão. Seu principal expoente é o deputado federal pelo Rio de Janeiro Fernando Gabeira.
O conteúdo programático do PV é a economia de mercado regulada pelo Estado pautada num desenvolvimento sustentável e na diminuição das desigualdades sociais. Defende o pacifismo, o federalismo, o parlamentarismo e a democracia direta.
A partir de 2003, até maio de 2005, fez parte da base aliada do Governo Lula, rompendo por não concordar com as políticas ambientais adotadas pelo governo. O atual Ministro da Cultura Gilberto Gil é membro do partido.
Passados 15 anos de seu registro, e 22 anos de fundação (1986), o PV ainda pode se considerar um partido pequeno, com menos de 300 mil filiados. Não é por causa de falta de vontade ou falta de movimentação política do movimento ambientalista. É mais pela inconstância das alianças políticas, o que faz o partido ser tachado de fisiologista, o que eu não concordo.
Para mim, o objetivo do partido, o desenvolvimento sustentável, não é um meio em si, e sim um fim. Vamos tomar o exemplo de uma favela surgida nas margens de um rio. Qual o problema principal? Depende do partido. Pro PT, é a desigualdade social. Pro PV, é o meio ambiente degradado. Mas, não importa quantas vezes você limpe o rio, se a favela continuar ali, o rio voltará a ficar sujo. Então, para que a solução não seja só paliativa, é necessário que se retire a favela daquele local.
Não adianta nada chegar na tribuna da Câmara dos Deputados e meter pau no Presidente Lula, dizendo que o desmatamento da Floresta Amazônica é um crime, quando, na verdade, o crime é a desigualdade social deixada pelo Governo FHC. Não acho que o PV seja fisiológico, mas, como os demais partidos, ele também faz média.


O PRONA - Partido da Reedificação da Ordem Nacional -, que tinha em Enéas Carneiro seu maior expoente, se fundiu ao antigo PL (Partido Liberal), donde surgiu o atual PR - Partido da República.
Isso ocorreu em função da cláusula de barreira, que determinava que o partido deveria ter 5% dos votos para a Câmara dos Deputados,tendo 2% distribuídos por 5 estados.

O PAN também seguiu por esse caminho, se juntando ao PTB.

O STF, depois, declarou a cláusula de barreira inconstitucional, mas os partido mantêm as fusões.