segunda-feira, 3 de março de 2008

Rachas de alianças

Por todo o Brasil, as alianças governistas e de oposição estão rachando, ou formando alianças esdrúxulas.

Em Recife, tanto a 'Frente de Esquerda' quanto a 'União por Pernambuco' racharam.
Pelo lado da 'Frente de Esquerda', o PT saí com João da Costa, que terá o apoio do PSB, e o PCdoB saí com Luciano Siqueira.
Pelo lado da 'União por Pernambuco', o PMDB saí com Raul Henry, o PFL com Mendonça, o PPS com Raul Jungmann. O PSDB e o PV ainda estão por se decidir quem irão apoiar.

Em São Paulo, o PSDB sairá com Geraldo Alckmin, e o PFL com Gilberto Kassab.
O PT pretende lançar Marta Suplicy, querendo contar com o apoio do PSB. Para isso, iniciou as conversas para trocar um Ministério petista pelo cancelamento da candidatura de Luiza Erundina.

No Rio de Janeiro, o PSDB sairá com candidato próprio ainda não definido, enquanto no PFL Solange Amaral é a mais cotada.
Estreando as alianças inéditas, o PT, tendo perdido o pré-candidato que foi convidado por Lula para a Secretaria da Igualdade Racial, vai apoiar o candidato do PMDB Eduardo Paes, da ala de Sérgio Cabral.

Em Fortaleza, o PFL sairá com Moroni Torgan, que está em empate técnico, em primeiro, com a atual prefeita Luizziane Lins, do PT. Já o PSDB, comandado por Tasso Jeiressati, pretende apoiar Patrícia Saboya, do PDT, que é aliado do PT no governo federal.

De um modo geral, PSDB e DEM estão separados. Em Recife, São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador (Antônio Imbassay, antigo carlista, e Antônio Carlos Magalhães Neto), Belém (Valéria Pires Franco e Simão Jatene), Rio Branco, Macapá, Boa Vista, Manaus, Porto Alegre, Florianópolis (o PSDB ainda não tem candidato; pelo PFL, Cesar Souza Júnior).
Senadores dos dois partidos têm amenizado essa "separação", dizendo que não vão deixar que ocorra a separação. Penso o seguinte: os prefeitos são muito mais ligados aos deputados federais, e vice-versa. Se há uma queda-de-braço entre os partidos no nível municipal, isso vai refletir em algum lugar. O mais provável é que seja na Câmara dos Deputados, havendo uma nítida separação dos partidos.

Do mesmo modo, o PT está separado do bloquinho governista PSB-PDT-PCdoB na maioria das capitais. Mas, isso pode refletir-se não no Poder Legislativo, e, sim, no Poder Executivo: se ganhar muitas capitais, o bloquinho terá mais poder de pleitear ministérios.

Um comentário:

Anônimo disse...

Aprendi muito