segunda-feira, 7 de abril de 2008

Duas coisas

Só para não passar em branco.

Esse negócio dos protestos pela libertação do Tibete está dando o que falar. Para entender: no começo do comunismo chinês, o Tibete foi invadido e anexado ao país. O Dalai Lama, além de líder espiritual, é um líder político. E, por causa disso, vive em constante exílio, para não ser preso ou morto no território tibetano-chinês.
Agora que as Olimpíadas vão ser em Pequim e os olhos do mundo estão voltados para o Oriente, os protestos foram vistos. Mas, eles sempre existiram. Somente agora que os olhos do mundo estão voltados para lá que estamos vendo os protestos. Aí, eu me pergunto: depois que as Olimpíadas passarem, os protestos continuarão nos noticiários internacionais? Ou é mais cômodo aos países que comercializam com a China lavarem as mãos?

Outra coisa: o Sr Senador Mário Couto, pelo PSDB-PA, diz que vai fazer greve de banho!! Ora... cada um com sua loucura. O apelo é para tentar incluir na pauta do Plenário um projeto de reajuste do INSS. E aí, eu penso como esses senadores são demagógicos ao extremo. Extinguiram a CPMF, R$40 bilhões de uma hora para a outra, e agora querem atrelar o reajuste do salário mínimo, o que é demasiadamente perigoso para as contas do Brasil.
Se a dívida interna já é grande, imagina como vai crescer se o reajuste das aposentadorias for atrelado ao reajuste do salário mínimo. Duas coisas: ou vai ser as duas coisas reajustado 0,05% ao ano, ou não vai.
Essa demagogia toda tem um motivo: cena para a platéia, ou melhor, para os eleitores.

Não duvido nada que muitos dos senadores não venham a se reeleger.

Um comentário:

Hudson Luiz Vilas Boas disse...

Camarada Renan
Quanto ao Tibete e China é um embate entre duas aberrações da pós-modernidade. A China é na minha modesta opinião uma bizarrice. Conjuga aberrações como trabalho escravo e/ou ou condições de trabalho com exploração dos operário a exaustão no mesmo do início da revolução industrial com um regime totalitário de governo e um estado imperialista. Já no Tibete, o que os monges de fato querem é, pasme, um sistema feudalista com todas as terras em poder deles, criaturas superiores, iluminadas. Não lutam pela liberdade do povo tibetano, mas sim pela liberdade deles (monges) transformar o restante da população em servos e implantação de um regime de governo monárquico e despótico. É bom ressaltar que o Tibete sempre fez parte da China e não foi ocupado por ela como a grande imprensa vocifera.
Hudson Luiz