Este é o número de dias que "2010" terá: 365 dias do próprio ano de 2010, 365 dias do ano de 2009, mais uns 60 dias de novembro e dezembro de 2008, pós-eleições municipais. Não vou repetir clichês, como "2010 já começou", "2009 é só pra descansar", etc.
No plano nacional, está praticamente tudo definido. Pelo lado da Situação, o PT sai unido (unido, mesmo, com Tarso Genro e Ricardo Berzoini abraçados) em torno de Dilma Roussef (PT-RS), sendo seu vice, muito provavelmente, do PMDB. Se não, do PSB.
Pelo lado da Oposição, o PSDB irá fazer prévias. Deve ser lançado, até o final de março, o regulamento dessas prévias, logo após o pronunciamento do TSE acerca da Consulta feita pelo partido ao órgão. Aécio Neves (PSDB-MG) convidou José Serra (PSDB-SP) a "viajarem" juntos pelo país fazendo "campanha". Comentário: será que eles não têm mais o que fazer nos seus estados?! Já basta a "propaganda nacional da Sabesp", que, aliás, pode ser irregular! Vice? Até agora, só o nome de José Arruda (PFL-DF), Governador do Distrito Federal, foi ventilado para vice de José Serra. Quanto à Aécio, nada.
Outros candidatos não se manifestaram ainda. Heloísa Helena (PSOL-AL), vereadora de Maceió, chegou a dar uma entrevista dizendo que, se for a vontade popular, ela saí candidata. Ciro Gomes (PSB-CE), deputado federal, está muito apagado para ser candidato (vou falar dele mais na frente).
Em Pernambuco, está tudo praticamente decidido também. Eduardo Campos (PSB), cujo nome foi ventilado para vice de Dilma, tentará se reeleger ao Governo; João Paulo (PT), ex-prefeito de Recife, pode sair Senador ou Deputado Federal; e Armando Monteiro Neto (PTB), deputado federal, é quase certo que sairá como Senador.
Pelo lado da Oposição, tentará se reeditar a União por Pernambuco (PMDB-PSDB-PFL), junto com o PPS, sem candidatos definidos para o Governo e pro Senado. Todos os nomes foram ventilados para o Governo: os atuais e antigos senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB), Marco Maciel (PFL) e Sérgio Guerra (PSDB), e os atuais e novos deputados federais Bruno Rodrigues (PSDB) e Raul Henry (PMDB). Portanto, nada de nada até agora.
Em São Paulo, tudo ficou muito indefinido, mesmo após o apoio de Geraldo Alckmin (PSDB) a José Serra (PSDB). Depois da indicação de Geraldo Alckmin como Secretario de Desenvolvimento do Governo do Estado de São Paulo (sendo lá o que isso for em SP), se esperou, por um tempo, Aécio desistir da disputa interna. Mas isso não ocorreu e Serra deu seu aval às prévias. Dependendo do que for decidido, José Serra lançar-se-á candidato a Presidência da República ou à reeleição do Governo do Estado; Geraldo Alckmin, candidato ao Governo do Estado ou sabe-se lá o quê.
Pelo lado da Oposição, está mais indefinido ainda. Depois dos ocorridos em 2006 e 2008, Aloizio Mercadante e Marta Suplicy, respectivamente, vão ficar de molho, abrindo brecha para Arlindo Chinaglia (PT) e Eduardo Suplicy (PT) disputarem a candidatura ao Governo. Chinaglia apareceu mais na mídia como Presidente da Câmara dos Deputados, mas Eduardo Suplicy tem mais peso político. O blogueiro, particularmente, prefere Eduardo Suplicy. Romeu Tuma (PTB), já senador, provavelmente, candidatar-se-á ao Senado.
No Rio de Janeiro, tudo estaria definido se não fosse o problema do vice de Dilma Roussef. Isso porquê o Governador Sérgio Cabral (PMDB) foi cotado para esse cargo. Por enquanto, então, permanece em suspenso. Mas vai ser díficil, pois não há nenhum outro nome.
Pela Oposição, nenhum nome foi ventilado. Rodrigo Maia (PFL), deputado federal, é conhecido. Fernando Gabeira (PV) tem uma carreira no legislativo, sendo a opinião deste blogue no sentido de sugerir ele sair candidato ao Senado.
Em Minas Gerais, com Aécio Neves fora da disputa, Hélio Costa (PMDB) e Fernando Pimentel (PT), os dois da base aliada de Lula, prometem sair candidatos ao Governo do Estado. Sem nomes na Oposição.
Se não vencer nas prévias tucanas, Aécio pode sair senador ou deputado federal.
Na Bahia, a base aliada de Lula irá se rachar. O Governador Jacques Wagner (PT), também ventilado para ser vice de Dilma, tentará se reeleger. E enfrentará Geddel Vieira Lima (PMDB), Ministro de Integração Nacional.
Pela Oposição, é provável que Paulo Souto (PSDB), ex-carlista, e ACM Neto (PFL), deputado federal, apoiem Geddel Vieira Lima.
Segundo uma fonte confiável, no Paraná, ainda está tudo muito indeciso. Para o Governo, é possível que disputem Beto Richa, atual prefeito reeleito de Curitiba com 79% dos votos válidos, e Osmar Dias, senador do PDT, ex-aliados de 2008. Nenhum dos dois quer abrir mão de ser cabeça de chapa. O atual Governador Requião quer lançar o vice, Orlando Pessuti, que tem pouca densidade eleitoral. Pelo PT, o Ministro Paulo Bernardo, marido da ex-candidata a Prefeitura Gleisy Rofmann, também é preferido.
Se depender só dos votos da capital, Richa está eleito. Osmar tem os votos do interior. Bernardo ainda precisa ser conhecido para o cidadão comum. E Pessuti é do tipo "não fede neme cheira".
No Ceará, Cid Gomes (PSB), Governador, tentará se reeleger. Mas isso é o de menos. Gostaria de falar de Ciro Gomes (PSB), deputado federal. Apesar de ser candidato costumeiro a Presidente, se recolheu e não aparece mais na mídia. Sugestão deste blogue: Ciro poderia se candidar ao Senado.
No Acre, apesar de não ter sido eleito Presidente do Senado, Tião Viana (PT) candidatar-se-á ao Governo do Estado, enquanto seu irmão Jorge (PT) e Marina Silva (PT) sairão ao Senado.
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